Cristãos na China recebem penas que somam 31 anos por distribuir Bíblias
Nove cristãos de Hohhot, na Mongólia Interior, região autônoma da China, foram condenados à prisão por venderem B&iacut...

Nove cristãos de Hohhot, na Mongólia Interior, região autônoma da China, foram condenados à prisão por venderem Bíblias legalmente publicadas, mas sem autorização do governo.
Em março de 2023, o Bitter Winter informou sobre a prisão e o julgamento de dez cristãos em Hohhot.
Embora as Bíblias tenham sido publicadas legalmente na cidade de Nanquim com permissão oficial, a justiça considerou crime a venda por uma igreja doméstica não autorizada.
O promotor alegou que a comercialização por uma igreja sem vínculo com a Igreja das Três Autonomias, controlada pelo governo, constitui um crime, mesmo que os exemplares sejam legítimos.
Prisão e trabalhos forçados
Em 10 de abril de 2025, parentes e companheiros de fé da Irmã Wang Honglan fizeram um apelo. Na mesma data, foi relatada a decisão judicial que declarou culpados todos os réus restantes.
Os dez indivíduos envolvidos no caso são Wang Honglan, Ji Heying, Zhang Wang, Wang Jiale, Liu Minna, Li Chao, Yang Zhijun, Ji Guolong, Liu Wei e Ban Yanhong.
Wang Honglan, conhecida na comunidade cristã de Hohhot, já cumpriu cinco anos de prisão e um ano em um campo de trabalho forçado. Ji Heying é seu marido e Ban Yanhong foi apontado pelas autoridades como um dos membros-chave do grupo.
Condenações
Wang Honglan foi condenada a quatro anos e dez meses de prisão, com multa de um milhão de yuans. Wang Jiale e Liu Minna receberam quatro anos e seis meses, e pagamento de multas. Yang Zhijun teve pena de quatro anos e três meses, mais multa.
Ji Heying, Ji Guolong, Zhang Wang e Liu Wei foram sentenciados a três anos de prisão, cada um também com penalidades monetárias. Li Chao recebeu um ano de prisão e multa. Os cinco últimos réus já haviam cumprido suas penas durante a prisão preventiva.
Detidos em abril de 2021, os cristãos afirmaram que não buscavam lucro, mas sim evangelização. Eles compravam Bíblias a 95% do preço de capa e as revendiam a 75%, acumulando prejuízos em vez de ganhos.
Em 15 de abril de 2024, o Tribunal Distrital de Hohhot Huimin sentenciou Ban Yanhong a cinco anos de prisão por operações comerciais ilegais, enquanto o julgamento dos demais réus seguiu em andamento.